quarta-feira, 18 de abril de 2012

GREVE DOO PROFESSORES X JAPÃO EM COCAL DO SUL

JORNAL CIDADE NOTÍCIAS em 20/4/2012

Stela Maris

Greve dos Professores x Japão em Cocal do Sul

Greve dos Professoras - Cocal do Sul X JAPÃO No dia 11 de março de 2011 o Japão foi sacudido por um dos tsunamis mais violentos de que se tem notícia na história da humanidade. O que, talvez, nem todos saibam é que, em novembro, entre os escombros deixados pela fúria da natureza, foram encontrados carteiras e cofres com dinheiro e barras de ouro equivalentes a 125 milhões de reais. O “detalhe” é que todo o “material” foi entregue à policia, para que chegasse a seus respectivos proprietários. Por se tratar de uma quantia relevante, também no Japão o fato mereceu certo destaque na mídia. A maior parte da população, porém, não entendeu a admiração suscitada pelo fato na imprensa internacional, já que, para ela, a honestidade faz parte da normalidade de uma sociedade adulta e organizada. Para o Pe. Olmes Milani, um missionário scalabriniano nascido no Rio Grande do Sul e atuando entre os migrantes brasileiros no Japão há nove anos, «aqui, a honestidade não é notícia. É um hábito diário. Sua origem se perde nos séculos, mas recebeu forte impulso no tempo dos samurais, por volta dos séculos XII e XIII. O cerne da educação do povo consistia – e continua consistindo – na honradez, na honestidade e na lealdade. Hoje já não existem samurais, mas permanecem a cultura e a educação nas convicções do povo». Ele confirma suas palavras com um exemplo: «Permitam-me que partilhe o que aconteceu comigo no mês de setembro, numa grande estação ferroviária de Tóquio, onde passam dezenas de milhares de pessoas por dia. Ao tirar do bolso o cartão eletrônico que permite o acesso à estação, uma nota de 5.000 yens – equivalente a pouco mais de RS 100,00 – caiu no chão, sem que eu percebesse. Eu já me havia distanciado uns metros das máquinas leitoras, quando percebi que alguém roçou alguma coisa no meu braço, com a tradicional expressão japonesa “sumimassen” – que significa “desculpe” –, e me entregou o dinheiro, dizendo que era meu e que o vira cair do meu bolso». Concluindo, o padre explica: «Ao encontrar alguma coisa na rua, nas estações ou nos parques, ninguém leva para casa. O conceito popular no Brasil: “Achado não é roubado”, não existe no Japão. Os japoneses pensam diferente: “O que foi perdido não me pertence. Ele tem dono”. É muito bonito ver como as pessoas, ao encontrarem uma carteira ou qualquer objeto de valor no chão ou na rua, têm a delicadeza de colocá-lo sobre um muro próximo para ser visto, julgando que, quem o perdeu, voltará para o buscar. Não há dúvidas, no trigal ou arrozal as ervas daninhas crescem também. No Japão, elas existem, mas, em geral, podem ser consideradas exceções. Uma vez detectadas, a justiça faz a sua parte Os recentes casos de corrupção, anunciados pela imprensa, surpreendem você? Alguma vez você ouviu falar sobre a prática de se oferecer ou ter que dar propina para poder participar de licitações públicas? Pois é, o que mais assusta nesta coisa toda é que isso não é nenhuma novidade. Sempre soubemos que essas coisas existem. Todo mundo conhece alguém que já passou por um caso desses. São 82 bilhões de reais que desaparecem dos cofres públicos todos os anos, para os bolsos de corruptos e corruptores. Não acontece só em Brasília. Acontece também em nosso estado e provavelmente existe em nosso município (aguardando os próximos noticiários). Para essas pessoas, trata-se apenas de um pequeno percentual: 10, 15 ou 20% que mudam de destino. Para nós outros, são buracos que não foram tampados, ambulâncias que não andam por falta de peças, escolas que não foram reformadas, crianças sem merendas, pacientes sem remédios, mortes por falta de atendimentos e de HOSPITAL. Portanto; A diferernça é notórias. “O errado e o malfeito, a incompetência e o desleixo, a estupidez e a má-fé são próprios da condição humana. A diferença está entre os que se envergonham e os desavergonhados. No Japão civilizado, a vergonha é o pior castigo para uma pessoa e sua família, mais temida do que as penas da lei. Homens públicos se suicidam por pura vergonha. Embora seja só meio caminho para não errar de novo, o sentimento de vergonha ajuda a civilizar. Já os que não se envergonham, nem por si nem pelos outros, são determinantes para que suas sociedades sejam as que mais sofrem com a corrupção. E talvez por isso no JAPÃO SEJA NECESSÁRIO somente uma faixa preta colocada ao braço como manifesto de que em estado de greve. Artigo citado num veículo de informações de Cocal do Sul em forma de recaodo, referindo se aos Educadores em busca de diálogo e reajuste salarial. Pois é Jaime se a regra fosse a mesma,Cocal do Sul não estaria na midia por falta de diálogo e também não teriámos por aqui, esgotos desaguando em rios em pleno centro da cidade, e pior, muitos desses orgãos públicos, dos quais deveriam partir à ordem. PARABÉNS Professores ..!

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