sábado, 24 de agosto de 2013

Opinião: Porque se sindicalizar?

por Rodrigo Szymanski 
- cocalcomunitario@gmail.com

É preciso trabalhar para sobreviver. Esta é uma verdade em que todos precisam passar. Até é possível sobreviver de outras formas, mas em nosso sistema somos preparados para trabalhar. Faz-se uma faculdade, não pensando no conhecimento, mas sim nas oportunidades do mercado de trabalho. Talvez por isso os psicólogos aumentem os números de atendimentos. Trabalhar é preciso e já que isso é necessário, como garantir direitos e não ser explorado?

A forma histórica comprovada de conquista de direitos se dá pela organização coletiva, dos trabalhadores em forma de agremiação sindical, cada categoria possui sua organização. O teórico comunista e crítico do sistema capitalista Karl Marx no manifesto do partido comunista expressou “Trabalhadores de todo mundo uni-vos”. Esta união demonstrou a capacidade das conquistas. No Brasil as lutas sindicais também são responsáveis pela articulação de forças populares. Lembremos a luta pela redemocratização do país na década de 1980 e final de 1970. Os trabalhadores criaram estruturas de lutas e com isso muitas conquistas.

Há um tempo os sindicatos vêm sendo sucateados por vários motivos: estruturas pesadas, lideranças viciadas, sindicatos ligados aos patrões, influencia político-partidária e o pior de tudo, a falta de pessoas que se colocam disponível a participar. Qualquer estrutura, até mesmo uma empresa, se não inovar-se, abrir-se, refletir e avaliar tende ao fracasso. Mas, na questão sindical, o maior problema é a recusa dos trabalhadores a se engajar nas lutas. Não é o presidente ou o liberado que faz a luta. São todos os trabalhadores.

O Brasil saiu às ruas em junho e usou do slogan #OGiganteAcordou. Bravo e justo, porém acordar e não participar não muda nada. É preciso se filiar ao sindicato. Lutar pelos direitos, debater propostas. Não existem conquistas porque o patrão é gente boa. Claro que irão justificar: nada adianta, eu não gosto daquele presidente, eu não gosto da “politicagem”. Bem, se você não concorda, entre lá e participe. Entre lá e mude, opine! Sobre a “politicagem”, você fica quieto e esta fazendo a mesma politicagem!

É preciso fazer parte e fazer acontecer. Qual sua categoria sindical? Quem é seu sindicato? Filie-se! Participe!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Plano de carreira em debate com os professores

por Rodrigo Szymanski 
- cocalcomunitario@gmail.com

Nesta última quarta-feira (14/8) ocorreu a assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos de Cocal do Sul. O objetivo da assembleia era debater o plano de carreira do magistério. Quase metade dos professores se fizeram presente para debater e propor reinvindicações. O Sindicato montou um grupo de professores, que irão auxiliar nas propostas até o dia 30 de setembro. O objetivo é que até o recesso dos vereadores, no final do ano, o projeto entre em pauta e seja aprovado para que no ano de 2014 os professores já tenham um plano de carreira.

Logo no início do encontro foi lembrado que o salário dos professores ACTS (temporários) é o mais baixo da região sul e um dos mais baixos no estado. A presidente do Sindicato, Barbara Teixeira, fez memória às lutas do Sindicato, lembrou que o Siserp-Cocal do Sul é base do Sindicato dos servidores de Criciúma, que já possui uma história de quase 25 anos de luta naquela cidade. Lembrou que em 2005 um grupo de servidores foi até o sSindicato para organização dos trabalhadores em Cocal do Sul. Advertiu que as lutas sindicais não são sempre flores e vitórias, mas que tudo o que é conquistado faz parte da luta e só foi conquistado com organização dos trabalhadores.

Em uma avaliação dos trabalhos do Sindicato na cidade de Cocal do Sul apareceram as lutas já conquistadas e as derrotas também. Percebeu-se a necessidade de ampliar as lutas com a participação dos servidores públicos municipais. “Não é a presidente ou a executiva eleita que fazem o Sindicato, e sim todos os filiados e trabalhadores, não se pode esperar que a executiva faça tudo”, lembrou Barbara, a qual ainda convidou os presentes a mobilizarem os colegas de trabalho para articular e ampliar as lutas dos trabalhadores e assim novas conquistas.